sábado, 12 de fevereiro de 2011

S.O.S - ALAGOAS - 2010/2011

S.O.S. ALAGOAS

Em Maceió, população fecha ruas e põe grades em estabelecimentos para enfrentar a violência
AL registra em 2010 maior taxa de homicídio da história de um Estado; índice é igual a do país mais violento do mundo
Líder em assassinatos no país, AL tem mais carência de policiais do que efetivo nas ruas

MANIFESTO
S.O.S. SEGURANÇA EM ALAGOAS

Paraíso das Águas, Alagoas agora é também o Paraíso da Criminalidade. Um lugar privilegiado pelas mais belas praias, de gente acolhedora e hospitaleira, de gente que trabalha e tenta viver com dignidade, o Estado hoje lidera o índice nacional de ocorrência de homicídios. Em 2010, Alagoas bateu o triste recorde de 71,3 mortes por 100 mil habitantes, e assiste à banalização cotidiana dos pequenos crimes em suas ruas, praças, parques e praias.
A população alagoana está acuada em suas casas. Um misto de sentimento de impotência e resignação coletiva reina nas cidades alagoanas. Os comerciantes não têm a quem recorrer e é quase impossível, encontrar, entre eles, quem não tenha sofrido um assalto ou qualquer outra violência.
São grades bizarras, portas pesadas e sempre fechadas, muros colossais, cercas elétricas e antiestéticas, câmeras, circuitos fechados e outros tantos recursos que revelam a triste arquitetura do medo.
Mais de 30 taxistas foram assassinados apenas em 2010. Assim como moradores de rua são mortos, policiais são mortos, cidadãos de todas as faixas são atingidos por uma violência que corrói o tecido social alagoano.
O crack, que se impregnou na miséria das periferias, devasta famílias, principalmente as mais pobres, fabricando perigosos zumbis com mães em absoluto desespero e desamparo.
Pequenos assaltos a pedestres para o roubo de celulares, relógios, joias ou qualquer outro objeto nos ônibus, nas ruas, praças, em todo o lugar, já não entram nas estatísticas da violência urbana. Isso é “besteira” diante de tanta impunidade.
As escolas públicas, que deveriam e podem ser a redenção de uma sociedade, em Alagoas estão em condições precárias e são furtadas e depredadas diariamente.
Hordas de pequenos assaltantes, saqueadores, moto-marginais, verdadeiros predadores, estão à espreita, prontos para agir ao menor descuido ou relaxo.
Presídios em condições deploráveis, os piores do país, e o pior salário para policiais, completam um quadro desesperador para os alagoanos.
Como se não bastasse a hegemonia de Alagoas em mortalidade infantil, o Estado encabeça as estatísticas da violência urbana no Brasil. Alagoas fechou 2010 com a maior taxa de homicídios que um Estado brasileiro já registrou. Segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (SDS), foram contabilizados 2.226 assassinatos no ano passado, o que significa uma taxa de homicídios de 71,3 para cada 100 mil habitantes. Não estão inclusos no número os latrocínios (roubo seguido de morte), o que não deixa de ser um absurdo inexplicável, a exclusão desses números nas estatísticas.
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), taxas acima de 10 homicídios para cada 100 mil ao ano já são consideradas epidêmicas. O país registra, segundo o estudo “Mapa da Violência 2010: Anatomia dos Homicídios no Brasil”, taxa de homicídio de 25,2 mortes para cada 100 mil habitantes.
Diante das deficiências graves e assustadoras que se abatem sobre Alagoas, pergunta-se: qual próxima tragédia afligirá os alagoanos?
Tudo isso sob um estranho e condescendente comportamento da sociedade alagoana, que não enxerga a urgência de se mobilizar e exigir, seja lá de quem for, ações e políticas públicas. Não se trata de reivindicar a pavimentação da rua ou a melhoria no abastecimento de água, reivindicações legítimas, mas que estão longe de ser o resgate do maior patrimônio que uma cidade pode ter: a qualidade de vida de seus cidadãos, que hoje se traduziria em segurança para um mínimo de paz.
Nesse quadro terrível, o maior perigo é a falta de esperança e a desmobilização da população alagoana, a descrença no poder público, que deveria adotar, urgentemente, medidas para reduzir drasticamente os índices de violência em Alagoas.
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Se você concorda com este manifesto, se quer mostrar indignação com o que estão fazendo em nosso Estado e acredita que uma mobilização popular pode, sim, fazer a diferença e ser um marco histórico de cidadania em Alagoas,e, por favor, passe-a adiante.
Em tempo :
Até quando iremos suportar essa situação, perdemos o direito constitucional de ir e vir, não podemos mais sair de nossas residências, as praças públicas estão dominadas pelos desempregados e viciados em qualquer tipo de drogas.
A chamada POLÍCIA COMUNITÁRIA a mais de 10 anos anunciada, não passa de uma mera fantasia usada em alguns momentos como falsa propaganda POLÍTICA PARTIDÁRIA . O BATALHÃO de polícia escolar idem ... idem. A POLÍCIA MUNICIPAL idem.. idem... essa deveria atender a guarda das praças em geral , muito mau atende a Ponta Verde/ Jatiuca /turistas e moradores privilegiados. A policia CIVIL nada investiga quando não está de greve sequer faz um chamado B.O e nunca tem combustível para atender as ocorrências e a inteligencia é igual a dos políticos secretários .Será que teremos de copiar o modelo CARIOCA das UPP - unidade de polícia pacificadora que ao que tudo indica não passa de uma (moderna) versão de .P.C.E.Q.G - POLICIA COMUNITÁRIA ENGANA QUE EU GOSTO.


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W.

10 comentários:

Anônimo disse...

P.C.E.Q.G. é ótimo!
O seu "Em Tempo" é todo pertinente.

A iniciativa da Campanha SOS ALAGOAS é do amigo Arlei Almeida, da Agência 3A. Espero mesmo que dê algum resultado. Na verdade, como sabemos, nada se perde.
Um abraço.
w.

Sabino da FAMECAL disse...

O texto SOS SEGURANÇA EM ALAGOAS, diz a mais pura verdade. A Segurança Pública em Alagoas, é de faz de conta. Isto é, os gestores públicos fazem de conta que implementam a Segurança Pública e nos fazemos de conta que temos Segurança Pública. É o fim da picada!!

Antonio Sabino - Secretário Geral da FAMECAL.

Sabino disse...

Olá Ademir Sales, boa tarde. Sempre estou lendo os seus e-mails. São todos importantes e alguns estou colecionando em minha pasta. Portanto, quero lhe fazer um convite para que Você participe do CURSO DE CAPACITAÇÃO DE LÍDERES COMUNITÁRIOS, que terá início as 08 horas da manhã, do sábado, dia 26 deste mês de fevereiro/2011, no auditório do prédio sede da Eletrobras, antiga CEAL, Gruta de Lourdes, Farol, conforme folder em anexo, ok.

Contamos com sua presença para abrilhantar ainda mais o referido evento.

Até lá e Saudações Comunitárias.

Sabino - Secretário Geral da FAMECAL - 8888-4676

Mauricio disse...

Ademir parabens pelo assunto . A falta de segurança é uma grande verdade, estamos somente nas mãos de Deus .

Adriana disse...

Voce é um dos poucos que acredita que o direito emana do povo. Então vamos continuar , a luta continua , estou com voce.
Adriano M.

Marcio disse...

Vamos a mobilização popular, concordo em tudo que voce escreveu .
Marcio Peixoto

Anônimo disse...

A questão da Segurança é séria e difícil de se resolver. Começa pela questão social, pela falta de interesse político e até mesmo pela péssima educação com a inversão de valores e etc, etc. O Povo culpa a Polícia e a Justiça e eles culpam o Governo e os Políticos.Eu pergunto: De quem realmente é a culpa? Façamos uma análise do conceito de Democracia: Governo do Povo, pelo Povo e para o povo. Provavelmente após a análise deste conceito encontraremos os verdadeiros culpados. SOUZA

antonio marinho disse...

Pelo o que sei, o Conj. Eustáquio Gomes, já virou um caos, tudo que não presta se alojou lá, não é mais caso de polícia, mesmo porque, não tem esse luxo, a polìcia está quase toda, guarnecendo: palácio, casa de deputados, vice governador...etc, etc. O que se deduz que é falta de vergonha dos políticos, principamente do prefeito, cria dos saudosos canalhas que se sucedem de 4 em 4 anos.

antonio marinho disse...

Faltou acrescentar que muitos candidatos e alguns foram eleitos, graças ao empenho de um cidadão pertinente, Ademir Sales incançalvel batalhador, buscando uma resposta para o descaso do seu bairro Eustáquio Gomes, pelas autoridades. Hoje entregue aos vândolos, traficante de drogas, aliciadores para o vício e ninguem dá o ar de sua graça, esquecidos que são, das promessas de campanha, ignorando os anseios da comunidade jogadas a sua própria sorte.

Polenguinho disse...

Ha! deixei de citar o delegado Barenco, chefe da PC ou é ex, só vivia preoculpado com sua cabeleira ou trunfa, igual ao Itamar Franco, antes de aparecer na televisão se ajeitava todo, pra não dizer nada. Junto com Barenco veio o importante Robinho, diregir a segurança, também nada fez,a crimilidade cresceu galopante,
vamos inventar desculpas, falta pessoal, material e vergonha que eles não tinham. O estado com Téo, outro enganador, mas o povo votou nele para um segundo mandato, fica dificil ter policia nas ruas, quase todos lotados em repartições públicas, policiando eles mesmos, assim não dá. Antonio Marinho