segunda-feira, 13 de junho de 2011

A VIDA CUMPRE SEU CURSO, CADA UM CUMPRE O SEU PAPEL.

Longe de ser uma frase de efeito, isso é uma mera constatação dos fatos.

O questionamento implícito e necessário é: SE e COMO cada um de nós cumprirá - de fato, seu papel.

Há pessoas que passam - como circunstantes, na nossa vida, sem nunca representar qualquer diferencial; outras, a exemplo do ADEMIR, marcam sua passagem em nossas vidas, de uma maneira tal que serão SEMPRE PRESENTES.

É de todo óbvio, que não me refiro à presença física - aos conceitos de tempo e espaço que admitem limitação. Indiferente a esses conceitos, minha amizade, respeito e admiração sempre o acompanharam e o acompanharão.

Faço aqui, um registro do que considero apenas uma mudança de "status" do amigo ADEMIR SALES. e assim, não posso deixar de manifestar minha solidariedade e admiração à Beta e Cristina; solidariedade pela perda e admiração, pela atitude de dar continuidade à atividade à qual se percebia nitidamente a dedicação e carinho do pai. A COMUNIDADE CONTINUARÁ FALANDO por suas vozes e continuarei sendo seguidor e colaborador.

Na expectativa do reencontro, sem data determinada, apenas me despeço dizendo: ATÉ LOGO MAIS COMPANHEIRO ADEMIR.

Dartagnan Fireman
dartagnanfireman.blogspot.com

Um comentário:

Fidelis de Moura disse...

PARTIDA E CHEGADA

(Victor Hugo)
Pensamentos de Victor Hugo retirado del libro "La Reencarnacion através de los Séculos"

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi". Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. “E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outras vozes, mais além,a afirmar: "lá vem o veleiro".

Assim é a morte!

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor
que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível
do invisível dizemos: "já se foi".Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu.
Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.
Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.


E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:
já se foi", no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças
espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.